quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Átimo

Átimo


Um poema no qual silencia
Em seu espaço, de quando em quando
Alguém se põe a ler sem certeza de ser
Levado em conta que, ao se opor a
Quem ler, não paga conta; se desconta.


Um à vista, uns avistam uma análise
Em umas frases. A fúria tem o poder sobre
O olhar mais atento, sobre a linha mais
Atenta ao suor. Silencia em seu canto.


Em um piscar de pálpebras,
Lágrimas caem sobre o papel disperso
No tempo, no qual o silêncio em seu
Espaço, já é verso em verso no universo
Dentro da casca de uma página.


Átimo! Logo é eterno, mais íntimo.
E se diaboleiam trevas em dores frias,
Se teofobiam! Evas em dores de alegrias,
Qualquer tinta se rubra em sangue, em
Odores dos desamores de suas crias.


E, cá do ventre mais acolá aos estranhos,
Versos saltam para turbulência de todos
Em uma só eternidade, já na ambulância
As enfermidades. De onde vens para onde
Vais? Ó, átimo mais íntimo!
                                          

                                    Ivan Ribeiro

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