terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Q


Acróstico Fonético


Papa já foi pai
Oscar é hoje o seu filho.
Eco falso no além se vai...
Tango à toa da o brilho,
Alfa já é o fim do início que cai!


Índia é minha eu sou Perí...
Victor Hugo já é exemplo.
Alfa já foi, finda que inicia aqui;
November, nos finados, vão ao Templo!


Romeo com Julieta se perdeu...
Índia, fora o seu caminho.
Bravo foi quem nele já morreu
Eco no beco do eco sozinho...
Índia é o amor que lhe dói.
Romeo sem carinho ou filho deste ninho?
Oscar” é o novo nome deste Herói!


                        TKS por eu ser nio!


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Soneto

Crer, ser humano!

Não  quero  ser  humano  o  sendo  forte
Desumano  por  ti!  Ou  sendo  o  frágil
Ser; me engano  sendo o  ator em estágio
De  uma  vida  no abandono  da  morte.
...
Quero ser humano sendo leve ágio
Sem engano por ti! Ser teu sul norte,
É servir de mapa. Pousar na tua sorte
O sol do meu querer! Dono de um plágio?
...
Ter ou ser? Crer ou não ser mais humano
Sendo engano, é ver que há no mais profundo
Íntimo um,... Outro alguém ano após ano?!
...
Crer?! Vês, o quanto és a mais linda ao mundo
Aos céus estás! Linda és, porém, profano
Seja o meu ato,... É desejar-te afundo!

Ivan Ribeiro

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O bonde


O Bonde

Já sei onde o
Bonde se
Esconde na
Ferrugem de
Sua idade;
-O bonde se
Esconde Dentro
Do poema de
Carlos Drummond
De Andrade!

Ivan Ribeiro







Lápis em volts



Lápis em volts

                À Dalila Teles Veras

Nunca soube dizer adeus aos meus
Versos. Não sei deixá-los partirem
Sem que os ensinassem a serem bravos
Soldados. Não sei despedir-me de
Meus versos porque sei de sua perversa
E doce adolescência, de sua rebeldia
Já melindre. Também sei do meu amor
A eles e suas dores são as minhas, culpas
Imediatas e interditadas. Sei disto,
Mas dizer adeus aos meus versos é
Deixá-los órfãos às imundices do mundo
E aos olhos e vozes do bando em
Permanente conflito. Mas meus versos
Se os dito, é porque não são realmente
Meus... Estes versos largados ao vento,
Reprimidos pelo tempo que privei
Nutrindo-os de leite e muito mimo.
São gritos adultos do meu lápis em
Volts e revolta. Versos para o povo, meu
Pão desta lida de pátria mal parida!
-Adeus, meus versos... Filhos do meu
Seio manso, adeus!
               
                                     Ivan Ribeiro

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Queda


Queda

Tropecei no ar
E caí do céu; Foi na
Terra que me afirmei.

Voei o mais além
E caí do ar; Foi no
Mar que me ancorei.

Brinquei no fogo
E caí do Hélio; Foi no
Álcool que me queimei.

Já no alto do amor
Caí então me veio a dor;
Foi na vida que me guardei.

Do alto precipício
Foi de onde Eu caí; Já
Na desgraça de ser Poeta;

-Do chão eu não passei!

                        Ivan Ribeiro

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Roleta Paulista

Na madrugada em que
A boemia me engole de gole
Em gole, vou me perdendo
Em cada botequim que paro e me
Deparo em um velho cowboy. Só me
Apraz um sinal verde, já que por Ele
Eu lhe vejo igualmente meu herói!

Na madrugada em que
A poesia me conhece de prece
Em prece, vou me encantando
Em cada esquina que paro e me
Deparo em uma velha puta. Só me
Apraz um sinal verde, já que por Ela
Eu me vejo igualmente seu herói!

Na madrugada em que
A folia me abraça de graça
Em graça, vou me encontrando
Em cada espelho que paro e me
Deparo em uma nova face. Só me
Apraz um sinal verde, já que por Ela
Eu me vejo igualmente seu herói!

Na alvorada em que estou com
Meu V8; Nem coisa alguma me engole, me
Conhece ou mesmo me abraça, pois ‘stou há
Quase 300 p/ hora, e não me traz sinal
Vermelho, já por Ele eu não me
Vejo em tudo quanto me que me dói;
-É que meu Bem espera por mim!
Será que chego lá a ser enfim o seu herói?!
                                              Ivan Ribeiro

Autoexílios

Autoexílios

A dor que me diverte
Abre a porta para dentro de mim,
Navego em ondas calmas
Onde é o meu exílio, lá sou herói
De uma fragata em que desvenda
Os mares; lá sou herói, Herói de mim!

O amor que me desperta
Abre a porta para dentro de mim,
Sobrevôo em ventos brandos
Onde é outro exílio, lá sou herói
De uma esquadrilha em que penda
Aos ares; lá sou herói, Herói de mim!

 A fúria que me corrompe
Fecha a porta para dentro de mim,
Sobrevivo em ondas bravas em
Ventos fortes onde é meu pesar.

 -Cá sou gladiador de uma arena em
Que luta pela dor e o amor, luto,...
E não há exílios; cá sou perdedor
De mim, às vezes, sou de Mim o vencedor.
Do resto, cá sou cowboy, Cowboy de mim
E de alguém, como dói!
                                     
                                            Ivan Ribeiro

Com licença que sou poeta

Com licença que sou poeta


Quando nasci, um anjo junkie
Desses que gritam uivam à noite
Cantou: vai, seu vagabundo!
Ser porra louca para o açoite
Que te espera no mundo
Do tronco afundo com trinco.


Tempo foi eu fui! Cá estou com
As cicatrizes sem necessidade
De fingir as atrizes, minhas
Dores incolores amores em cores.


Aceito meu fado que me reserva
Sem propriedade ao Deus...
Desfeito meu lado, a erva me
Tem sem piedade, nem eu me
Rejeito o afamado d’outros; Eus!


Quando nasci, um anjo punk
Desses que sussurram na treva
Louvou: Vai, seu merda! Herda
Teu antepassado, e vai ser
Poeta do seu tempo, onde Eva
Leva teu verbo ao vento...


Vai ser bobo da corte?! Vê
Que nada é cordial para o forte.
- Poeta é um ser invocado por
Sua rebeldia! Assim sou eu.


Ivan Ribeiro
            18/01/12