quinta-feira, 29 de março de 2012

" Pátria Real "



Desafiando o seio

As trevas me trazem o Filho
No trovão de minha vida, e o preço
É menos teu na desordem do meu culto
A comemorar o sétimo dia de uma
Nova ordem espiritual.
                              ...
No meu culto tu és toscas letras
Que versejam em meio ao amor mais
Doloroso, és também a Musa
Que me delicio na multidão com toda
A voz rouca em grave dor.
                             ...
Sou Adão revestido de negro e
Pierrot para onde uivou o credo destes
Lábios que me beijam o sexo de
Meus prazeres egoístas que me prezam
A culpa de minhas linhas línguas sujas
Em permanente silêncio.
                            ...
E, de casto lhe aliviei de delícias e
De ódio, tudo resta à morte só não o
Mais forte e o bom às dores em pé ao
Posto de saúde, ao doce riso real.
                           ...
Ah! Desafiando o seio a nossa própria
Morte, ao som do lar à luz aonde veio ao
Vosso mundo; o Moribundo!

                                        Ivan Ribeiro

" Tantra "



                "Tropicália"  

" Consentimento Poético "



Poema de Finados

"De Manuel Bandeira por Ivan Ribeiro"


                                                                                                                        

" PÁTRIA ARMADA "



Deitado eternamente



As luzes lhe trazem o brilho
Na treva da tua morte, e, o gozo,
É todo meu no silêncio do teu corpo
A se desfazerem em pó de onde fora
Outrora, fora do que és no corpo
Além, há quem chora por agora.


No teu corpo eu sou moscas
Que varejam em meio ao odor mais
Saboroso, sou também os vermes
Que se deliciam no silêncio de toda
A lua cheia de tanto amor.


No meu silêncio noturno só
Lembranças em volta de revolta
Há em cada gole de café feito
escarro, em Cada trago de
cigarro feito a fé Mais cara
que pago ao Cara acima.


és Eva travestida de luz e Colombina
Para onde piscou o medo das
Pálpebras minhas que inundam a cor
De minhas retinas cansadas.


E, do fogo me serviste de incêndio e
De ócio, mas nada vale a vida...
Só a despedida com flores café ao gosto De amargo pranto falso.


Ah! Deitando eternamente em berço
Esplêndido, ao som do bar e à cruz onde Veio ao mundo; o Vagabundo!
                      
                                                          Ivan Ribeiro

quarta-feira, 28 de março de 2012

" William Blake "



 




















"Quem dexiste da vida não goza da sorte
 ou não se sabe crê,... Ser o forte!
Não existe solução para morte?!
Se saber crê,..
Ser humano é querer ser na
vida o que por ela se cabe triste
ou
se deixa contente por
seu porte
                             ilegal de alma."                                                                                                                      
                                  
                  
  Ivan Ribeiro


"OCULTO"


Assim seja!

...

 

Cansei de ser culto Por

Não Me ver o herói,...

Agora, o que mais Sei, é que eu

Preciso Ser oculto por só

Ver o que me dói,... Na hora

Em que os Pais, se vão,... Crê,...

Ser o vulto por me Ver,... Ter ao

Que das lágrimas destrói

O riso Em paz de ser,... Vir

Ao Rei. Se, é lei;... Só de Vê-lar,

É insulto querer me ter!

-Como assim?!... Se, já é gay,

Seja o que não sei, - já

Que ao mar, eu me dou alma

Ao meu escarpando.

Sabe lá, Se almá-lo o culto

Não me Destrói sendo eu

O vulto mais oculto

Aqui no lado de fora dentro

De mim!


Ivan Ribeiro

sábado, 24 de março de 2012

"SEM TI' R."






"SENTIR
É O QUE FAZ SENTIDO, O
QUE FAZ SENTIR É SENTIDO"



IVAN RIBEIRO

"SONETO"

VERSOS EM REAL VALOR 
                        “Ao meu irmão Leo Ribeiro”



Tenho a vontade de admitir meu amor
Por ti, pois tens em vida o gosto raro
De um júbilo a quem tudo se faz claro...
Mas, não encontrei em nós o real valor!



                                           ...A vida é frágil! Ah, e seu preço é caro
Feito estes versos... A ti - É cheio de dor-
Mais cheio inda foi à graça de uma flor
Que roubei do Éden a ti e, dê- amparo!

                                         
                                           ...Peço a Deus um pouco mais de certeza,
Um pouco do Teu bem no meu coração
Posto que seja em mais pura beleza.



                                           ...Ah, vontade de amar! De ter nesta mão
Que herdei o verbo! Dá-me mais leveza!...
Pois o amor vem a mim, e de ti:
O perdão?!


 
                                         Ivan Ribeiro

"SOBRE O TEMPO"

























SOBRE O TEMPO



“O  TEMPO NÃO PENSA SOBRE

O POETA.O POETA, É QUEM

PENSA SOBRE O TEMPO!

E, O POETA NÃO PENSA

NO QUE FAZO TEMPO

SOBRE CADA PÉ.

MAS, SIM É O TEMPO QUEM

FAZ O POETA SER QUEM

ELE É!”


IVAN RIBEIRO

"HAI-KAI"




























HAI-KAI


Um dia chato!...

N’um ato perturba-dor

Ao ver um rato.


Ivan Ribeiro


É PRECISO "ALMAR" O CORPO!




                                                    

"À ROSELI ROMUALDO"


O MUITO SEM DEUS

NÃO É NADA, O POUCO

COM DEUS É TUDO.

   . . .

"MAS, HÁ QUEM FAZ

O POUCO COM MUITO,

E HÁ QUEM FAZ O

MUITO COM POUCO".

              
                     IVAN RIBEIRO

SONETO


Meu bem maior ao lado-b

                                        À Fany Cristina


Oh, amor! Nunca o pudesse dizer feito
Em chama. E, Se o deixei faltar à dura
Razão de ter ao bem maior; loucura
Em mim me fez calar a voz de um peito...
                                               ...

A dor? Sempre a negasse por ser pura
Em total drama! Se a quis pôr com jeito
Nos meus versos; pudera só um efeito
Em mim ao universo? Só me há já cura!
                                               ...

Irmã! Em fogo, o amor por logo ausente
Despertou-se e me ardeu em versos ditos
E, me esfrias a razão de meu presente!
                                                ...

Sentir? Em chaga, dor por vãos desditos
Dormiu e me gelou em riso ardente;...
-Abrasas o meu lado-b em teus gritos!


                                                   Ivan Ribeiro
                                                   (26,02,12)

domingo, 18 de março de 2012

I'M MY ZERO



"I'm the face of myself in my dreams of glass!"



CONSENTIMENTO POÉTICO




Licença, que sou poeta!



Quando nasci, um anjo junkie

Desses que gritam uivam à noite

Cantou: vai, seu vagabundo!

Ser porra louca para o açoite

Que te espera no mundo...

Do tronco afundo com trinco.




Tempo foi eu fui! Cá estou com

As cicatrizes sem necessidade

De fingir as atrizes, minhas

Dores incolores amores em cores.




Aceito meu fado que me reserva

Sem propriedade ao Deus...

Desfeito meu lado, a erva me

Tem sem piedade, nem eu me

Rejeito o afamado d’outros; Eus!




Quando nasci, um anjo punk

Desses que sussurram na treva

Louvou: Vai, seu merda! Herda

Teu antepassado, e vai ser um

Poeta do seu tempo, onde Eva

Leva teu verbo ao vento... Vês?




Vai ser bobo da corte?! -Vejo

Que nada é cordial para o forte.

“Poeta é um ser invocado por sua

Rebeldia. Por quê?! Por que...

                        :Assim sou eu!”



                       Ivan  Ribeiro
                            (18/01/2012)

SONETO




Versos em Louvor






TUDO EM ZOOM!



Na casca d’uma página


No livro

A poesia é um edifício;

Cada andar seu é uma estrofe, e

Em seu andar cada apartamento

É um verso, em cada verso um

Cômodo é uma palavra, e em

Cada palavra uma mobília é

Apenas sílaba, e em cada

Sílaba cada letra é só pó, e em

Todo pó cada partícula, é de

Vez um ponto;
(.)


Ivan Ribeiro

Hai-Kai





















Pés com Scarpin
De rosa,... Do painnho
Que é teu Ivan!