Licença, que sou poeta!
Quando nasci, um anjo junkie
Desses que gritam uivam à noite
Cantou: vai, seu vagabundo!
Ser porra louca para o açoite
Que te espera no mundo...
Do tronco afundo com trinco.
Tempo foi eu fui! Cá estou com
As cicatrizes sem necessidade
De fingir as atrizes, minhas
Dores incolores amores em cores.
Aceito meu fado que me reserva
Sem propriedade ao Deus...
Desfeito meu lado, a erva me
Tem sem piedade, nem eu me
Rejeito o afamado d’outros; Eus!
Quando nasci, um anjo punk
Desses que sussurram na treva
Louvou: Vai, seu merda! Herda
Teu antepassado, e vai ser um
Poeta do seu tempo, onde Eva
Leva teu verbo ao vento... Vês?
Vai ser bobo da corte?! -Vejo
Que nada é cordial para o forte.
“Poeta é um ser invocado por sua
Rebeldia. Por quê?! Por que...
:Assim sou eu!”
Ivan Ribeiro
(18/01/2012)
Nenhum comentário:
Postar um comentário