domingo, 11 de março de 2012

Ferozmente indefeso



Um grito



Quando o vento soprou

Eu gritei; leva-me

Contigo deste enredo.



Quando perdi a força,

Nada inesperado

Eu gritei; leva-me

Nos teus ombros de aço.



Quando as vozes vieram,

As vozes de “spleen”;

Eu gritei; vão embora, vão!



Às vezes, à luz de vela...

Os versos por versarem

A boca pra falar

Pra beijar teimar;

Eu gritei, eu gritei tanto!



‘Stou quase frio,

A dor já me tece me vence.


O poema não é o mesmo

Queu desejei que fosse.

Dói-me a veia que ferve!



Não sei, não!

Mas acho que no fundo

Sou um gatinho indefeso

Dentro de um leão

Ferozmente A rugir;

Por uma dor?



-Ou será que sou

Um leão feroz dentro de

Um gatinho indefeso a miar;

Por um grande Amor!


                   Ivan Ribeiro

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