Desafiando o seio
As trevas me trazem o Filho
No trovão de minha vida, e o preço
É menos teu na desordem do meu culto
A comemorar o sétimo dia de uma
Nova ordem espiritual.
...
No meu culto tu és toscas letras
Que versejam em meio ao amor mais
Doloroso, és também a Musa
Que me delicio na multidão com toda
A voz rouca em grave dor.
...
Sou Adão revestido de negro e
Pierrot para onde uivou o credo destes
Lábios que me beijam o sexo de
Meus prazeres egoístas que me prezam
A culpa de minhas linhas línguas sujas
Em permanente silêncio.
...
E, de casto lhe aliviei de delícias e
De ódio, tudo resta à morte só não o
Mais forte e o bom às dores em pé ao
Posto de saúde, ao doce riso real.
...
Ah! Desafiando o seio a nossa própria
Morte, ao som do lar à luz aonde veio ao
Vosso mundo; o Moribundo!
Ivan Ribeiro
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