quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Roleta Paulista

Na madrugada em que
A boemia me engole de gole
Em gole, vou me perdendo
Em cada botequim que paro e me
Deparo em um velho cowboy. Só me
Apraz um sinal verde, já que por Ele
Eu lhe vejo igualmente meu herói!

Na madrugada em que
A poesia me conhece de prece
Em prece, vou me encantando
Em cada esquina que paro e me
Deparo em uma velha puta. Só me
Apraz um sinal verde, já que por Ela
Eu me vejo igualmente seu herói!

Na madrugada em que
A folia me abraça de graça
Em graça, vou me encontrando
Em cada espelho que paro e me
Deparo em uma nova face. Só me
Apraz um sinal verde, já que por Ela
Eu me vejo igualmente seu herói!

Na alvorada em que estou com
Meu V8; Nem coisa alguma me engole, me
Conhece ou mesmo me abraça, pois ‘stou há
Quase 300 p/ hora, e não me traz sinal
Vermelho, já por Ele eu não me
Vejo em tudo quanto me que me dói;
-É que meu Bem espera por mim!
Será que chego lá a ser enfim o seu herói?!
                                              Ivan Ribeiro

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