terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Desculpa



Desculpa




Convém de quem se ocupa ao
Mérito, ser o Dr. do amor da dor
A debelar o feito e abafar ao sujeito.
Ele examina a alma fixa no corpo a dar
O diagnóstico ao contaminado, fato
Que é exato o ato de culpa que há
Uma patologia, e ocupa o que não se
Preocupa a dar os devidos cuidados.

  ...


-Vês, Dr.!? Olhe para o silêncio e
Os ilustres fantasmas ao eriçar das
Vozes roucas e com asmas. Vês, bem?!
Pois são soluços d’além-mundo?
São elas aflitas, ditas d’algum lugar
Por quem?! São vozes sopranos de
Satânia em baixo-tom? Ou são elas
Graves de Elmônia em alta-tonificação?

   ...


Toda veia que está avulsa é fria, nem
Mesmo pulsa com o calor da vida sem
O seu dia. Quer a tinta escarlatina, quer
A mais pura da boa sorte, e a quer sem
À vista, sem aviso prévio nem da corte.
  
   ...


Devotos o dão a benção para que não
Seja mais um infante do caminho ao seu
Corpo quente e alma ardente, e aos seus
Votos a uma terra sem fulgor.
  

  ...


Mas, depois da glória,... O feito dá vitória
Em princípio ao sujeito. É antes da prece
Íntima a dor, mas é depois da prece
Para a vítima; O eleito há de pôr mais
Um sujeito aos portões dos Céus!

                                            
                                 Ivan Ribeiro                                                                                                                                








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