Versos Noturnos
Eu, aqui ! ao pé
da noite não tão veloz
Onde eis-me co’a
dor de poeta de versos
Feitos como quem
morre, são diversos
Meus confeitos a
calar o que me há voz.
Já não me
conheço, pois nem bem persos
São meus dias,
mais me vejo um albatroz
Que inda bate
asas num destino feroz
Além do
horizonte, além dos submersos...
-Dor de poeta é
dor de um verso que não fez
Mas sentiu;
sentir é o que faz sentido,...
Sentido é o que
faz sentir... Mas de uma vez!
Jamais quis ser
um poeta já destruído
Pelo meu tempo,
pois se assim que desfez
Meu Juízo,...
falta faz meu comprimido!
Ivan Ribeiro
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