terça-feira, 18 de setembro de 2012

Soneto




Raízes de uma paixão


Semeei na firme envolta do meu peito
Já fértil em terra, as raízes mais puras
De uma paixão tão rara por loucuras.
Se é por tão rara sei que é dom perfeito.


Não colherei da flor as tais verduras
De teus espinhos, nem mesmo a um só leito
Derradeiro envolva meu corpo eleito
Juvenil... co'estes versos... desventuras...


Sem um ai de amor sinh'alma me vela
O mal que me crucia, nem fui feliz
Regando a própria flor que me revela!


Mas algum poeta fui, e a semear raíz
De uma paixão sendo a coisa mais bela
Por colher,... o que me vale a cicatriz!?



Nenhum comentário:

Postar um comentário