terça-feira, 23 de abril de 2013

Versos Noturnos




Eu, aqui ao pé da noite não tão veloz
Onde eis-me co'a dor de poeta de versos
Feitos como quem morre, são diversos
Meus confeitos a calar o que me há voz.

Já não me conheço, pois nem bem persos
São meus dias, mas me vejo um albatroz
Que inda bate asas em um destino feroz
Além do horizonte e além dos submersos...

Dor de poeta é dor de um verso que não fez
Mas sentiu; sentir é o que faz sentido,
Sentido é o que faz sentir... mas de uma vez!

Jamais quis ser um poeta já destruído
Pelo meu tempo, pois se assim que desfez
Meu juízo falta faz meu comprimido.




Nenhum comentário:

Postar um comentário