O poeta que sou, noutro já foi exemplo
De uma jóia rara em fúria do templo
Que fez dela mais alta. Por quem gritar?
.
Esta voz baixa em que veio me operar
O louco que sou, noutro já não vem p´lo
Que foi real, e nem mesmo contemplo
Mais o sinal que fiz dela. Por me almar?
.
O poeta que fui em mim fez-se o louco
Em mais sintonia comigo mesmo;
O louco que sou em mim faz-se o poeta.
.
Noutro poeta, o tom nunca foi tão pouco
Em mais harmonia, porém sendo a esmo;
Vale-me o silêncio… a alma da caneta.
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