quarta-feira, 27 de julho de 2011

Autoexílios


A dor que me diverte
Abre a porta para dentro de mim,
Navego em ondas calmas
Onde é o meu exílio, lá sou herói
De uma fragata em que desvenda
Os mares; lá sou herói de mim!

O amor que me desperta
Abre a porta para dentro de mim,
Sobrevôo em ventos brandos
Onde é outro exílio, lá sou herói
De uma esquadrilha em que penda
Aos ares; lá sou herói de mim!

A fúria que me corrompe
Fecha a porta para dentro de mim,
Sobrevivo em ondas bravas em
Ventos fortes onde é meu pesar.
Cá sou gladiador de uma arena em
Que luta pela dor e o amor, luto...
E não há exílios; cá sou perdedor
De Mim, às vezes, sou de mim o vencedor!
   
                                         Ivan Ribeiro

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