segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O gosto lícito da cruz


O meu gosto na língua
não é mais a da maconha,
Antes tê-la à míngua
que em falso tudo sonha...

Não quero que alarde
algum amais me iluda,
Preu não ser um só covarde
deixo que me saúda.

Meu gosto nos tais lábios
vem do cigarro do escarro...
De mal e do mau gosto de bons sabios
é em queu não me agarro.

Em meio ao brulho ao barulho
dos fogos de ano-novo,
Tenho nôjo do bagulho
igualmente a um estragado ovo.

Meu gosto em minha boca
não é o gosto lícito da cruz,
Meu gosto em minha boca
é o gosto ilícito de Jesus.

-Que em verdade é fala oca.

Ó, meu Deus da vida loka!
perdoai o mundo sem a cruz.






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