Nunca soube dizer adeus aos meus versos.
Não sei deixá-los partirem
sem que os ensinassem a serem bravos soldados.
Não sei despedir-me de meus versos
porque sei de sua perversa e doce adolescência,
de sua rebeldia já melindre e de inocência bruta
de terror absurdo
e de amor um tanto quase absoluto.
Também sei do meu amor a eles e suas dores são as minhas
culpas...
desculpas imediatas e interditadas.
Sei disto, mas dizer adeus aos meus versos
é deixá-los órfãos às imundices do mundo
e aos olhos e vozes do bando em permanente conflito.
Mas meus versos se os dito,
é porque não são realmente meus...
Estes versos largados ao vento, reprimidos pelo tempo que privei
nutrindo-os de leite e muito mimo,
são gritos adultos do meu lápis em volts e revolta.
Versos para o povo, meu pão desta lida de pátria mal parida!
Versos diversos, adeus!
-Adeus, meus versos... Filhos do meu
seio manso.
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