boa noite, meus velhos bardos!
meus velhos senhores nocturnos
jovens há mais tempo que eu
boêmios cantores que os tempos
-já não trazem mais
deixe-me um trago um gole uma dose
de suas essências para um verso meu
deixem comigo
o gosto amigo e antigo nos lábios trêmulos
Eu quero cantar ar
o gosto antigo de teus versos
de teus amores tuas dores mais fortes
eu sei que não terei não edificarei
mas boa noite, meus velhos poetas
d'estantes e soturnos solitários
deixe-me instantes na boca
de um velho neopoeta noturno
que virá um dia que os saibam bem
que eu vos dirá igualmente como os sendo
um tanto tonto também
tento meu verbo girá em mim em vós
aqui para acolá do além
:me deixará comigo convosco, amigos!
o gosto de que há o novo
dentro d'estantes envolto ao pó
Eu quero cantar ar
Vininha & Bukowski
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