sexta-feira, 13 de abril de 2012

" & "




Voz no cárcere


A Voz ausente aqui se Faz
Presente sendo Alta clara
Rouca,... E Furiosa no amplificador,
Dá o desgosto faz inveja A qualquer
Grito manso No cárcere sem que o
Venha a ser qual rouxinol
Erudito, qual bemol
Mais lírico,... Mesmo
Com um tom displicente,
Um som sem disciplina
Ou mesmo com rebeldia
Dedilhada dia-a-dia
Pela língua;... A voz
Ausente aos ouvidos
Faz presente na boca
Surda que vomita o verbo
Na cara gorda do juiz,...
A voz ausenta o verbo
No presente que se
Instala neste cárcere
Maldito, mas será um
Presente ao fato dito?

Esta boca é meu cu, quando
Nu, defeca em tua cara limpa
Por peroba; suja é esta voz
DE merda! Ela, quem rouba
Por eu ser maldito?

Ivan ribeiro


Nenhum comentário:

Postar um comentário