quinta-feira, 5 de abril de 2012

"SONETO"

       

          Dracena, flor do meu Éden !
     . . .

        Roubarei seu coração, Meiga ‘stranha
        Que me ultraja co’amor cego! De ferro
        Seu coração me vale o mito; aterro
        Em minha noite uma paixão tamanha.
   
     . . .

       Já não me libertei da dor que aferro
       Num fado que arde, mas um riso ganha
       Forma e, de repente o amor me banha
       Co’a mesma noite deste meu enterro.

   . . .
                                                                                
       Meiga; Mesmo queu não diga em um verso
       À Noite, dá-me um pouco de pecado,...
       Pois digo em voz baixa que és meu’niverso!

 . . .

       ‘Stranha; Co’a dor no peito e, calado
       Por um suspiro um momento disperso,
       -Digo queu ‘stou demais enfeitiçado!...
  
                        . . .

                                                   Ivan Ribeiro

Um comentário:

  1. sem palavras...mas tenho amado ser sua flor do eden. Vc me fascina. te amo.

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