Usurpador
Meus pálidos versos,
Levo escrevo devo, não nego!
Ó, estes
versinhos-versos! DizEM
Pálidos em meio às detentaS
Linhas sedentas de tal
Collor de sede, o lápis
cede
...NA BOCA VEM A SEDE.
Escrevo-te, sem queu
Imagine outros em um
Momento aqui presente.
Meu presente em meu
presente
É já! morrer jovem para
Viver pra sempre. Lido
Na vertigem vivo na
origem.
Mas, sem queu os queira
Vou lhes traçando estes
em
Seu lugar em seu tempo
seu espaço.
...Vou invadindo quebrando
Barragem. Vou-me embora
Pra linguagem pra sacá...na...
Gen.te-amar.gem... Te
Traço a traço este troço,
este ócio.
Vergonho-me disto, eu
sei!
Disponho-te daquilo que
falta
Ou do que me resta?
-Se presta, eu ponho
isto
Naquilo e aqui àquilo
EU TESTO mais pr’acolá...
EU TESTO mais pr’acolá...
Mas, estes versos tímidos,
Roubaram linhas d’outrem.
São versos dos adversos
adversários.
Não é o que deveria,
mas é!
Versos estes, versos
pertencidos
Hoje é o que ‘stá aqui
do que fora ontem
Ora esquecidos para o
eterno
...e pra o alÉm.
...e pra o alÉm.
Ivan Ribeiro
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