quarta-feira, 23 de maio de 2012




Usurpador


Meus pálidos versos,
Levo escrevo devo, não nego!
Ó, estes versinhos-versos! DizEM
Pálidos em meio às detentaS
 Linhas sedentas de tal
Collor de sede, o lápis cede

...NA BOCA VEM A SEDE.

 
Escrevo-te, sem queu
Imagine outros em um
Momento aqui presente.
Meu presente em meu presente
É já! morrer jovem para
Viver pra sempre. Lido
Na vertigem vivo na origem.


Mas, sem queu os queira
Vou lhes traçando estes em
Seu lugar em seu tempo seu espaço.


...Vou invadindo quebrando
Barragem. Vou-me embora
Pra linguagem pra sacá...na...
 Gen.te-amar.gem... Te
Traço a traço este troço, este ócio.


Vergonho-me disto, eu sei!
Disponho-te daquilo que falta
Ou do que me resta?


-Se presta, eu ponho isto
Naquilo e aqui àquilo
EU TESTO mais pr’acolá...


Mas, estes versos tímidos,
Roubaram linhas d’outrem.
São versos dos adversos adversários.


Não é o que deveria, mas é!


Versos estes, versos pertencidos
Hoje é o que ‘stá aqui do que fora ontem
Ora esquecidos para o eterno

...e pra o alÉm.



Ivan Ribeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário