quinta-feira, 31 de maio de 2012


Usurpador
  



Meus pálidos versos,
levo escrevo devo, não nego!
Ó, estes versinhos-versos!
Dizem pálidos em meio às detentas
linhas sedentas de tal
collor de sede, o lápis cede...


Escrevo-te sem queu imagine outros
em um momento aqui presente.


Meu presente em meu presente 
é já morrer jovem para
viver pra sempre. Lido
na vertígem vivo na origem.


Mas, sem queu os queira,
vou lhes traçando estes em seu
lugar em seu tempo seu espaço.


Vou invadindo quebrando barragem.


Vou-me embora, bora?
Pra linguagem pra sacá...na...gen.te...amar;
gem...Te...traço a traço este
troço este ócio.


Vergonho-me disso, eu sei!
Disponho-te daquilo que falta
ou do que me resta?


-Se presta eu ponho isto naquilo
e aqui àquilo mais pr'acolá...


Não é o que deveria, mas é!


Versos estes versos pertencidos
pervertidos...
Hoje é o que está aqui do que fora
ontem ora esquecidos para o eterno
e pra o além.


IVAN RIBEIRO

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