Por trás dos óculos
Olhe: Não
vê jorrado
O teu próprio sangue?
-É porque dele se fez;
O vinho a cachaça o dropes o crack
A hóstia o rivotril a água benta
Que se ferve em um gole ardente
Ou simplesmente o gosto amargo
da vida.
Olhe: Não
reconhece
O teu
próprio espermatozoide,
A tua
culpa já imediata
Que te mata.
Olhe: Sabe
se crê. Cabe no que você não vê?
-Vultos mortais em sua demência,
Fleshes em seu íntimo mais lúcido,
São impuros iguais aos poemas- boys no cio...
Veja! Não
vês nada disso ou finge que nada vê?
-Pois tudo isso é nada
Aos olhos por trás dos óculos escuros.
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