quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Madalena


Madalena


De ser tão tênue e até alvo
O teu seio então por visto,
Os servos da nua imagem
São os filhos de vós; Cristo!


Fostes então, ó Madalena!
De um tormento fecundo,
A semente que o pecado
Germinou por tão imundo.


De ser puta, a mais beata
Do seio já mais não brilha,
Surge em ti o que te doura
Como de Deus sendo filha.


Fostes ainda o que foras
Em normas do que tu és;
-Salgadas são as lágrimas
Que caem sobre teus pés!


                      Ivan Ribeiro

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