sábado, 10 de setembro de 2011

Lápis em volts


Nunca soube dizer adeus Aos meus
Versos. Porque não sei Deixá-los
Partirem sem Que os ensinassem a
Serem Bravos soldados. Não sei
Despedir-me destes meus Versos
Porque sei de sua Perversa e doce
Adolescência e De Sua rebeldia já
Melindre. Também sei do meu amor
A eles e suas dores são as Minhas
Culpas imediatas E interditadas.
Sei disto, Mas dizer adeus aos
Meus versos é deixá-los Órfãos
Às imundices do Mundo e aos olhos
E vozes Do bando em permanente
Conflito. Mas meus versos Se os
Dito, é porque não São realmente
 Meus;... Estes versos largados ao
Vento, e reprimidos Pelo tempo
Que privei Nutrindo-os de leite e
Muito mimo; São gritos Adultos
Do meu lápis Em volts e em revolta
Para o povo e meu pão desta lida!
_ Adeus, meus versos... Filhos do
Meu seio manso; Vão lá! Vão lutar
Por um Ideal e por uma razão!

                                                  Ivan Ribeiro

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